Foi
no século XX que a resolução de problemas passou a ser utilizada como
metodologia para o ensino de matemática devido a George Polya, com a 1ª edição
de 1945 de seu livro “Howto solve it” foi traduzida em português por “A arte de
Resolver Problemas” no ano de 1995.
Para o autor, a resolução de um
problema possui quatro fases que sendo utilizados corretamente poderão melhorar
a capacidade de resolver problemas. As fases da metodologia de resolução de
problemas, são:
1. Compreensão
do problema
2. Estabelecimento
de um plano
3. Execução
do plano
4. Retrospecto
Cada
fase possui a sua importância, por isso necessitam ser seguidas corretamente.
Já
Onuchic e Alevvato (2008) utilizam o termo ensino-aprendizagem-avalição a
paritr da resolução de problemas, pois este termo envolve o fato de que o
processo de ensino e de aprendizagem ocorrerem juntos, e a avaliação sendo
construída durante a resolução de problema. As autoras utilizam também o termo
“através da resolução de problemas”.
Nesta
metodologia, Onuchic e Alevvato (2008) definem “problema” como sendo aquilo que
não sabemos fazer, mas que estamos interessados em fazer. Quando o aluno não
possui métodos ou regras prontas a serem aplicadas. O problema não deve ser
apenas um exercício, o aluno interpretará o enunciado corretamente, destacando
os dados para que possam estruturar a situação proposta.
Entendemos
que a aprendizagem ocorre por meio da colaboração em sala de aula entre o
professor que será um mediador, orientando o aluno na resolução das atividades,
consequentemente na construção do conhecimento matemático.
Visando a construção do conceito de
função por alunos do 1° ano do ensino médio, propomos a metodologia de
ensino-aprendizagem-avalição, empregados por Onuchic e Alevvato (2008), os
quais organizam esta metodologia da seguinte forma:
1)
Preparação
do problema: selecionar um problema visando a construção de um novo conceito
princípio ou procedimento. Esse problema será chamado problema gerador. É bom
ressaltar que o conteúdo matemático necessário para a resolução do problema não
tenha ainda sido trabalhado em sala de aula.
2)
Leitura
individual: entregar uma cópia do problema para cada aluno e solicitar que seja
feita sua leitura.
3)
Leitura
em conjunto: formar grupos e solicitar nova leitura do problema, agora em
grupos.
·
Se
houver dificuldade na leitura do texto, o próprio professor pode auxiliar os
alunos, lendo-lhe o problema.
·
Se
houver, no texto do problema, palavra desconhecida para os alunos surge um
problema secundário. Busca-se uma forma de poder esclarecer as dúvidas e, se
necessário, pode-se, com os alunos, consultar um dicionário.
4)
Resolução
de problemas: de posse do problema, sem dúvidas quanto ao enunciado, os alunos,
em grupos, num trabalho cooperativo e colaborativo, buscam resolve-los.
Considerando os alunos como co-construtores da “matemática nova” que se quer
abordar, o problema gerador é aquele que, ao longo de sua resolução, conduzirá
os alunos para a construção do conteúdo planejado pelo professor para aquela
aula.
5)
Observar
e incentivar: nessa etapa o professor não tem mais o papel de transmissor de
conhecimento. Enquanto os alunos, em grupo, buscam resolver o problema, o
professor como mediador leva os alunos a pensar, dando-lhes tempo e
incentivando a troca de ideias entre eles.
·
O
professor incentiva os alunos a utilizarem seus conhecimentos prévios e
técnicas operatórias já conhecidas e necessárias à resolução de problema
proposto. Estimula-os escolherem diferentes caminhos (métodos) a partir dos
próprios recursos que dispõem. Entretanto, é necessário que o professor atenda
os alunos em suas dificuldades, colocando-se como interventor e questionador.
·
Acompanha
suas explorações e os ajuda, quando necessário , a resolver problemas
secundários que podem surgir no decurso da resolução, notação; passagem da
linguagem vernácula para a linguagem matemática; conceitos relacionados e técnicas
operatórias; a fim de possibilitar a continuação do trabalho.
6)
Registro
das resoluções na lousa: representantes dos grupos são convidados aregistrar,
na lousa, suas resoluções. Resoluções certas, erradas ou feitas por diferentes
processos devem ser apresentadas para que todos os alunos as analisem e
discutam.
7)
Plenária:
para esta etapa são convidados todos os alunos para discutirem as diferentes
resoluções registradas na lousa pelos colegas, para defenderem seus pontos de
vista e esclarecerem suas dúvidas. O professor se coloca como guia e mediador
das discussões, incentivando aparticipação ativa e efetiva de todos os alunos.
Este é um momento bastante rico para a aprendizagem.
8)
Busca
de consenso: após serem sanadas as dúvidas e analisadas as resoluções e
soluções obtidas para o problema, o professor tenta, com toda a classe, chegar
a um consenso sobre o resultado correto.
9)
Formalização
do conteúdo: neste momento, denominado “formalização”, o professor registra na
lousa uma apresentação “formal”- organizada e estruturada em linguagem
matemática - padronizando os conceitos, os princípios e os procedimentos
construídos através da resolução de problema, destacando as diferentes técnicas
operatórias e as demonstrações das propriedades qualificadas sobre o assunto.
(ONUCHIC; ALEVVATO, 2008, p.7)
Com
relação às fases descritas, o aluno deverá segui-las corretamente, ou seja,
passo a passo para obter melhores resultados na resolução de problemas.
Salientamos
que os problemas são propostos para os alunos antes de ser trabalhado o
conteúdo matemático em sala de aula. Também ressaltamos que a compreensão do
enunciado do problema é indispensável, pois evita cálculos e interpretações
desnecessárias.
Neste processo da resolução
de problemas, o aluno poderá elaborar conjecturas, observar padrões,
formalizando assim conceitos matemáticos, conforme os Parâmetros Curriculares
Nacionais Ensino Médio (2000):
(...) a resolução de problemas é uma importante
estratégia de ensino. Os alunos, confrontados com situações-problema novas, mas
compatíveis com o instrumento que já possuem ou que passam a adquirir no
processo, aprendem a desenvolver estratégias de enfrentamento, planejando
etapas, estabelecendo relações, verificando regularidades, fazendo uso dos
próprios erros cometidos para buscar novas alternativas, adquirirem espírito de
pesquisa, aprendendo a consultar, a experimentar, a organizar dados, a
sistematizar resultados, a validar soluções, desenvolvem sua capacidade de
raciocínio, adquirem autoconfiança e sentido de responsabilidade, e,
finalmente, ampliam sua autonomia e capacidade de comunicação de argumentação.
(BRASIL.2000, p.44)
Trabalhar
com a metodologia de resolução de problemas em sala de aula se diferencia de
simplesmente ensinar os conceitos matemáticos e atividades repetitivas.
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